sexta-feira, 18 de junho de 2010

Reflexões - Um Banco de Praça


Parada e sentada em um banco de praça. A quanto tempo não faço isso. Pensamentos surgem, pessoas passam, e cada uma delas tem uma vida toda para contar. Quantos sonhos, sofrimentos, alegrias, tantos mundos paralelos ao meu e ao mesmo tempo me lembro da tal simbiose ou conexão intrínseca em cada situação. Relacionamentos se constroem de momentos de conhecimento, um olhar fulgás, um sorriso ou aceno para um ser que não se conhece. Então abrimos a mente e o coração e mirando cada um destes seres, imaginamos que dentro de cada uma destas vidas, pulsa um coração precioso, as vezes encoberto, mascarado pelas duras provações do destino. Faço um exercício e tento me conectar, penetrar em cada um tentando adivinhar suas vidas, suas rotinas. Aos poucos já estou lá , do outro lado me vendo aqui e pensando que o outro pode estar pensando o mesmo. Um olhar de cumplicidade me diz que aí está a ligação,se deixar olhar e ser olhado. Os olhos falam mais que palavras porque espelham a alma. Um sorriso para o sorveteiro, um sentimento de alegria ao ver a criança brincar, o pai que segura o filho no balanço e se entrega ao instante de estar junto. O menino que passa apressado, o senhor que caminha lento, são tantas impressões. Fecho os olhos e me deixo levar pelos sons. Me dissolvo neste espaço e sinto a vibração de todos os seres viventes. Diluida no espaço tento recompor cada pedaço e neste momento percebo que sou só uma pequena parte deste pequeno espaço neste tempo qualquer sentindo o vento, o sol que queima. Se penso que sou parte, sou infima e pequena, se penso que sou o todo, sou infinita.

Um comentário:

  1. Ainda aguardo comentários, sei que virão, a mente é forte basta ela se abrir para o universo para o bem de todos os seres

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