sábado, 21 de dezembro de 2013


Feliz Ano Novo!!
Mais um ano em nossa contagem relativa do tempo. Como classificar mais um período de tantos acontecimentos,  tantas tristezas e alegrias? No nosso mundo dual prefiro contar os pequenos momentos de  sabedoria conquistada para o bem pois eles valem cada minuto de sofrimento, cada instante de angustia. Somente o bem nos faz procurar por mais amor, por mais conhecimento amoroso e compassivo. Buscar o bem é acima de tudo encontrar a nós mesmos, mergulhar sem medo em nossa mente as vezes tão perturbada aceitando nossas fraquezas, nossos falsos padrões. Somente num ambiente amoroso podemos ver o que somos, aceitar o que plantamos e vivenciar o que colhemos. Através do bem nossa mente se abre ao entendimento de todas as mensagens de sabedoria que fluem de todas as mentes do mundo. Cada ser humano carrega em si um mestre realizado que emerge das profundezas trazendo um sinal de esperança. Ame o mestre que habita em você, ame o mestre que habita em cada ser, pois todas as mensagens partem de mentes humanas que aprenderam a ver a si mesmos como seres sagrados. Cada um de nós tem a responsabilidade de encorajar e dar exemplos de generosidade. No momento em  que deixamos nossos problemas de lado e conseguimos enxergar o outro se cria uma nova possibilidade de crescimento para o nós, para o outro e para a humanidade como um todo. Gestos do bem nos fazem gigantes e nos abrem caminhos, e aceitando o cumprimento da lei da ação e reação conseguimos de imediato pulverizar nossos carmas. Quando descobrimos como é fácil criar méritos apenas utilizando uma palavra ou um pensamento, acessamos a alegria verdadeira de existir para o bem comum e automaticamente para o nosso próprio bem.
Na contagem relativa do tempo de mais um ano, descubro cada vez mais quanto preciso do outro para crescer, quanto preciso do sofrimento para me curar e quão abençoada sou em fazer parte disso tudo.


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Justo, Injusto...


Quando os ensinamentos sobre a vacuidade nos tocam e começamos a perceber do que se trata, tudo parece ficar mais claro dentro desse nosso padrão do que é justo ou não. A natureza neutra de todas as coisas é fato, a velha história do que o que é justo para um é injusto para o outro todas essas nossas projeções, as maneiras que vemos as coisas da nossa perspectiva. Sempre houveram e vão haver tragédias e coisas maravilhosas acontecendo, cabe a você a mim a escolha de deixar entrar o que pode nos fazer melhores para todo o caos que rola por ai. Estar sempre pronto para ser feliz, para ter equilibrio principalmente em meio a tristeza, ao desespero, a feiura e ao caos. Vivemos onde queremos estar, em Dewachen ou nos reinos infernais, eles estão todos aqui. Como tento viver dentro do caos? Tomando consciencia de que tudo existe mas é vazio, onde me conecto com o vazio? Quando me desligo dos julgamentos e apenas contemplo, 5 minutos, 10 minutos não importa, tomar consciencia de que sou parte da mesma árvore onde brotam frutos belos e podres, saber que partilho a mesma seiva, a mesma arvoridade, que não posso julgar porque primeiro preciso entender todas as razões e depois desapegar deixar o coração espaçoso e sentir brotar o amor que sempre esteve lá, e agradecer a cada minuto a oportunidade de acordar a cada dia e tentar ser um ser humano melhor.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Carta para um amigo espiritual


Pensei muito no que você me falou e gostaria de compartilhar as minhas impressões com esse fato ocorrido.

Cada vez mais percebo essa dinâmica do filme de cada um. Cada pessoa percebe os sinais, as atitudes conforme os padrões que ela identifica naquele momento em relação a situação e as pessoas envolvidas. O fato de todos os objetos serem neutros e nós carregarmos cada um deles com as nossas emoções e de levarmos as coisas para o lado pessoal faz com que carreguemos cada coisa de uma maneira diferente.  Já havia acontecido e então pela experiência anterior achei que estaria repetindo uma fórmula que não daria certo. Eu poderia sim ser mais compassiva e menos orgulhosa mas percebi  o mesmo apego no outro e no final resolvi não arriscar. Errei? Não sei, meu instinto me disse não. Mas porque não tentar mais um pouquinho então? Você está certo quando diz que quando precisamos de algo num momento difícil precisamos fazer concessões, mas só tomando a atitude é que eu poderia saber não é mesmo.
Sinto muitas vezes que o fato de não querermos incomodar, não querermos ser um fardo para as pessoas pode estar mascarando um orgulho excessivo que eu tenho que trabalhar.
Enfim, tudo tem sua hora para acontecer. Sei que as vezes sou muito enfática nas minhas palavras até pelo fato de minha voz ser forte, as vezes não controlo a entonação e pareço ser agressiva mas só queria dizer o que estava sentindo e fui verdadeira desde o principio. Bom, de tudo isso o que me pareceu positivo foi poder trocar essas idéias com você, vou sempre te ouvir mesmo que não concorde porque sei que você fala com o coração sem ser tendencioso e reconheço que pode ser uma grande ajuda para esse meu temperamento que tenta controlar tudo a sua volta.
Obrigada e suas palavras serão sempre bem vindas, e peço a liberdade de compartilhar com você meus momentos de dúvida pois acho que podemos confiar um no outro no que diz respeito a toda essa movimentação em nossa mente, na minha principalmente tão dura as vezes.
Aprendendo então com essa lição:

Recebemos de volta o que projetamos, 
Os objetos são neutros, 
Cada um tem sua visão da situação, 
Positiva ou negativa cada parte se sentirá com a razão em algum ponto,

Mas se tivermos a paciência e a generosidade de observar nossos padrões, onde travamos e pudermos ter a sabedoria de ouvir o outro pode ser uma ajuda maravilhosa nesse trabalho todo.
Beijos amigo e tudo de bom que puder haver nessa vida  de coração e continuo minha jornada confiando nos mestres, em meus amigos espirituais, confiando em mim mesma e procurando uma pessoa melhor em mim a cada momento.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Dias Aziagos


                                                                                                                                                                   Tem dias que a gente se sente mesmo um lixo. Nada dá prazer, todos parecem que de alguma maneira estão te ignorando, você pede para o dia acabar e reza para que no outro dia tudo passe e volte àquela vontade doida de viver, de lutar.
Após algumas décadas cada novo dia depois desse se torna mais difícil. É como querer arrancar com aquele fusquinha velho  que já não aguenta mais e se fazer de forte para subir as ladeiras da vida.
Impressionante como tudo se apaga, como todas as cores se tingem de cinza e mesmo aqueles a quem amamos nos parecem distantes perdidos no tempo, você ficando para trás e todos indo em frente em frente em frente.
Hoje estou assim, descolorida, despenteada, desarrumada tentando encontrar a tal razão para continuar em frente. Faço praticas, faço malas, acendo incensos, coloco aquela musica tão legal e nada.
É como uma bola murcha esperando que algum novo ar a encha novamente. Penso :  "Tudo passa, diz à experiência , já vivi isso tantas vezes." Mas o que acontece é que a cada vez pegar no tranco é mais difícil. Olho meu computador, nem um ano de vida e lá se foi à placa mãe, meses pegando no tranco e eu torcendo, pega vai!! Me sinto assim.
Ahhh! Suspiro longamente tentando encontrar novamente a luz, minha espada de "Jornada nas Estrelas" esgotou a bateria e vejo pela frente a imensa imagem escura de Darth Vader me dizendo que chegou a hora de cair  novamente na real, o mundo realmente não é fácil.
Me pergunto então: “ Será que minha chama se tornou um fiozinho de nada de luz?” Assopro, ponho na tomada, jogo álcool e lenha e nada, foguinho manso  que nem chega a esquentar.
Vontade de estar nem sei onde, fazendo nem sei o que, será que ainda há tempo? Procuro meios de entender porque a vida não me sorri, mas isso de nada adianta, tenta uma coisa, tenta outra, faz isso, faz aquilo, trabalho não falta sempre muito à vida toda mas e aquela graninha extra, não vai pintar???
Me acho idiota, reclamar de que? E volta o mantra, ter onde morar, ter o que comer, ter o que compartilhar, mas isso basta? Porque não pode simplesmente bastar, porque sempre se quer mais e mais e mais.
Tenho medo, sinto angustia e me sinto só, sei que muitos me tem carinho, sei que muitos me querem bem, que quero mais? Então porque essa tristeza avassaladora, esse cansaço.
Meu medo não é sentir o que sinto mas saber que sentirei novamente, e então será que vou retornar? Será que terei forças para soprar a chama, para aquecer meu coração e pegar no tranco?
Acho que muitos sabem o que sinto, claro somos todos farinha do mesmo saco. Me lembro de tanto que aprendi, tanto que estudei e pratiquei, mas em dias aziagos é mesmo assim. Tenho que me contentar com esse cinza mais ou menos, com essa existência mais ou menos, com essa aparência mais ou menos. Sou assim mais ou menos em dias aziagos.
Procurar razões é inútil, elas apenas vão se acumulando dia a dia a cada decepção, a cada projeto frustrado, a cada momento perdido e essa tristeza se apossa do coração e nos toma assim de supetão.
Nesses momentos me sinto totalmente escorpiana, como cobra que troca a pele, como fênix que queima e espera...o que sobreviverá?
Nesses dias mais ou menos me sinto completamente humana, me igualo a tudo e todos tentando desaparecer, sumir no espaço e não ter que voltar mais, não ter que acender mais, apenas uma luzinha que se esvai, tranquila, serena, e que já não existe . Assim são esses dias aziagos apenas essa vontade de não ser, ou apenas ser o nada.

Felicidade

O objetivo da vida é a felicidade. Se somos espiritualizados ou não, o próprio movimento da vida é a sua busca. A medida que começ...