Fé e razão na História
Na minha visão e aprendizado, verifico que a fé e a
razão sempre estiveram unidas. Podemos ver o primeiro embate de ambas no
julgamento de Sócrates quando ele é acusado de influenciar negativamente seus
alunos incitando-os a não acreditar nos deuses o que não era verdade, já neste
momento se percebe que é possível e necessária a convivência de ambas.
Na idade média o império da fé com
Santo Agostinho, o poder do dogma que explica e ampara e por oito séculos o
cristianismo se desenvolveu baseado no conhecimento transcendente, tudo era
explicado por e para Deus.
Com
São Tomaz de Aquino já existe uma abertura para o conhecimento científico,
historicamente se inicia o desenvolvimento da alquimia que posteriormente se
tornaria a química atual, os conhecimentos da medicina ainda estavam
impregnados de magia e trafegavam pelas estradas nas carroças. Mas ao final
deste período começaram a surgir às primeiras escolas de medicina.
A ditadura da razão
Dai
em diante a ciência cada vez mais tomava território e a fé aos poucos foi sendo
considerada atraso ao desenvolvimento do homem agora visto como o centro do
mundo até chegarmos ao extremo do materialismo, o que no iluminismo era tido como a libertação do ser humano através do conhecimento cientifico se
mostrava na contramão do humanismo.
Vieram
as grandes guerras, Hiroshima e Nagasaki, guerra fria e descobrimos que ao
contrário da libertação estávamos fadados a autodestruição.
Como diria o mestre Drummond ¨E Agora José?¨
E
aqui estamos novamente buscando a fé como amparo nestes momentos tão sombrios.
Nunca a religião esteve em tão franca ascensão. Então podemos perceber que uma
não funciona sem a outra, a fé e a razão devem andar juntas de mãos dadas,
somente dessa maneira atingimos a sabedoria que contem toda a ética necessária
para que possamos cultivar o amor incondicional por todos os seres que habitam
este maravilhoso planeta.
Conhecer Deus é amar ao próximo, indiferente da forma
que o vemos ou sentimos este transcender é fundamental para nosso crescimento
como pessoa e como humanidade.
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